Bandeira do Brasil

Palco do Evento


Saída do Forte

Porque é inverno,e na essência carioca esse é um
elemento tão inusitado quanto possa ser,dentro do país
de proporções continentais,capaz de mostrar num mesmo
dia a neve do sul e as praias do nordeste.Sendo parte da
região sudeste,nada mais normal do que acostumar-se as
intempéries e simplesmente tirar o casaco do armário.Mas
o carioca é antes de tudo,um temperamental.Implica com a
chuva e tem raiva do ventinho frio da Lagoa,mesmo que
existam inúmeras coisas para se fazer na cidade.E a
paisagem continua tão maravilhosa quanto
antes,convidando a um passeio,mesmo que seja para
admirar a chuva fina que cai .Depois,um vinhozinho e
,claro,programar o próximo fim de semana onde,com
certeza ,vai fazer sol.O fato é que nos dias mais frios
a cidade fica deserta,o povo se recolhe em casa e lota
as videolocadoras,restando alguns poucos fortes que se
arriscam a uma voltinha no shopping para pegar um
cineminha,quem sabe.
Dentro desse contexto,é de se espantar a multidão que
acorreu ao Forte de Copacabana no dia 21 de Junho,sábado
passado,para assistir a mais um espetáculo do Projeto
Aquarius.Patrocinado pela Rede Globo e Petrobras,o
evento desse ano era uma homenagem aos cinqüenta anos da
Bossa Nova.Quer programa mais carioca do que esse?Em
plena Copacabana,ouvir bossa nova?O problema é que fazia
frio,muito frio.Ainda assim ,milhares de pessoas
compareceram a celebração do cinqüentenário de um dos
ritmos brasileiros mais celebrados internacionalmente.
Desde o inicio,a organização era
evidente, pois mesmo com a concentração de pessoas que
chegaram em maioria ao mesmo tempo,não houve espaço para
tumultos e aqueles que chegavam somavam-se aos muitos
que já aguardavam ,em suas cadeiras ,porque sim,havia
cadeiras.As 20h.teve inicio o espetáculo,tendo a
orquestra sinfônica da Petrobras sob a regência do
Maestro Isaac karabtchevsky ,num programa que desfilava
clássicos da Bossa Nova,iniciando por Chega de
Saudade,de Tom Jobim,O barquinho,e mesclando com obras
de Charles Debussy e Maurice Ravel,num amalgama musical
que encantava a multidão.Aos 30 minutos de show Leila
Pinheiro subiu ao palco para cantar Corcovado.A cantora
retornaria mais três vezes,para cantar Samba do
avião,Wave e Ela é carioca.Nem mesmo a chuva fina que
caía dispersou o publico,que acompanhava emocionado.Ao
final,o maestro Isaac Karabtchevsky desce de seu
pedestal para acompanhar a gravação de Tom Jobim,por sua
vez também interpretando Samba do Avião.Sim,com
certeza,tudo aquilo foi por amor.”Rio, nós gostamos de.
você”, faça chuva ou faça sol.

Comentários

Paulo Cruz disse…
...eu tava lá e chorei e tudo...
Tatiane disse…
eu sei..rs..eu vi..

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